Há tempos que o homem se encanta com o diminuto tamanho de objetos e seres vivos.
Podemos citar como exemplos, a beleza das maquetes de obras gigantescas, os bibelôs enfeitando as cristaleiras e as coleções de carros em miniaturas. Lembremos, também, da inquietante curiosidade sobre o lendário povo “pigmeu” e da milenar arte do “bonsai”, capaz de fazer caber na palma da nossa mão toda a beleza de uma árvore de enorme diâmetro e dezenas de metros de altura.
Por que não citarmos também, o galinho “garnisé” com toda a sua pompa embelezando os quintais de chácaras? E por falar em chácara, esse pedacinho de terra tão amado, não seria ela a miniatura de uma fazenda? Onde o pomar seria a nossa floresta; a horta, a nossa agricultura; os passarinhos e pequenos animais, a nossa criação; e o horizonte, nascer e pôr-do-sol, mesmo que fora de seus limites, o nosso alento?
Sem dúvidas, os extremos, como o outdoor e a gravura num grão de arroz, o avestruz e o beija-flor, o São Bernardo e o Pincher nos causam uma enorme admiração.
Agora, caro leitor internauta, quero lhe falar sobre o animal que foi e que sempre será o mais importante para o ser humano: o cavalo, e a sua miniatura, o mini-horse.
Este esplêndido animal, que transportou o homem em suas conquistas, e, sacrificou a própria vida nas batalhas, sendo o seu escudo. Que foi o trator na agricultura e o caminhão das estradas. Que em seu lombo já se sentaram pobres e fidalgos, médicos e parteiras. Nem sempre lhe fora dado o devido valor, o devido merecimento por seus préstimos, e, quase sempre, sobrava-lhe um cercado na pior e improdutiva parte da propriedade, pouco zelo e nenhuma atenção.
Graças a Deus, os tempos mudaram e, agora, este magnífico animal ocupa seu verdadeiro lugar, o lugar de majestade. Hoje, ele é tratado com nobreza, é bajulado, acariciado, tem médico e nutricionista e o lugar onde mora é belo e o mais visitado da propriedade. Deixou de ser uma ferramenta para trabalhos brutos. Participa de atividades nobres, como hipismo, corridas, diversos esportes, apresentações de adestramentos, provas equestres, dentre outros, sempre atuando como ator principal e deixando ao homem a mera coadjuvação.
Foi com o intuito de aproximar o cavalo de nossas casas e de nossas crianças, de diminuir espaços e despesas, sem prejudicar a sua beleza e nobreza, que criamos a miniatura do cavalo: o mini-horse. Sem dúvida, esse pequeno ser repleto de beleza, encanto, ternura, docilidade, admiração e de fácil manejo, deixou a nossa propriedade mais bela e aprazível.
É óbvio que o mini-cavalo causa fascínio nas crianças. Mas tenho observado em meu haras que, nas visitas das famílias, são os adultos que de imediato se apaixonam pelos cavalinhos. Abraçam, beijam e o acariciam. Ficam extasiados! Usam o pretexto de comprá-los para as crianças, mas são eles que não param de elogiá-los e de fazer planos para o seu novo lar.
Eu mesmo, vivendo há tantos anos entre eles, passo diversas vezes ao dia nos piquetes dos potrinhos e éguas prenhes para acariciá-los e imaginar como serão as cores dos novos filhotes.
É nosso objetivo, a cada nova geração de mini-horses, melhorar a sua morfologia, sempre procurando a perfeição da raça e buscando a diminuição da sua altura. Assim, só uma coisa tem aumentado no mini-horse: a sua beleza!
Em média, um mini-horse pesa um quinto do peso de um cavalo normal e sua alimentação segue essa mesma proporção.
Nos aspectos rusticidade, cuidados e alimentação, é mais barato manter um mini-horse do que um cachorro.
O cavalo é um dos animais mais belos do universo e se, por uma fatalidade, ele deixasse de existir, o mundo seria menos bonito e eu e milhares de outros admiradores, menos felizes.